Fogo na bomba
O reggae é uma referência cada vez mais latente na obra de Anelis Assumpção e isso é perceptível em várias de suas composições (“Not Falling”, “Bola Com os Amigos”, “Song to Rosa”, “Mau Juízo”, “Neverland”…). Não por acaso, ela foi convidada para interpretar “Legalize It” (Peter Tosh) no evento 75 Rotações — que propõe a releitura de discos lançados em 1975 por artistas contemporâneos. Ela conversou com a gente sobre o show, que acontece no dia 07 de agosto, no Sesc Santana. Leia!
O que você acha do disco que vai interpretar no projeto?
“Legalize it” é um disco que pra mim se firmou nos os anos 90. Foi um marco enquanto álbum. Me lembro da influência desse disco no trabalho do Planet Hemp que, de certa forma, levou mais gente a conhecer o “Legalize it” nessa época, mesmo ele sendo de 1975. É, sem dúvida, um dos discos mais importantes na história da música.
De que forma essa obra se relaciona com o seu trabalho?
Gosto de pensar que eu me expresso atualmente com liberdade e coragem por causa desse tipo de disco, por ter ouvido isso num momento da vida que me permitiu abrir a cabeça para qualquer assunto de forma irrevogável.
Qual é a influência que o artista tem na sua carreira?
Não preciso nem dizer que sempre amei a música produzida na Jamaica. Meus primeiros LPs foram do Bob Marley, o que inevitavelmente me levou ao Peter Tosh e mais tarde a uma cacetada de artistas maravilhosos que vim a conhecer. O Peter Tosh pra mim sempre foi um complementar do Marley. Ele tinha uma energia de guerrilha que sempre me pegou. Uma postura inconformada mais agressiva e muito verdadeira. Uma coisa de olhar. O jeito de falar. A energia. Tinha um rock’nroll ali. É o tipo de artista que questiona o tempo todo. São esses artistas que me pegam.
Que desafios essa interpretação propõe?
Muitos. A força masculina, a energia de guerrilha, de front. Gosto de me travestir dentro desse imaginário. Tem sido um processo interessante.
O que podemos esperar do show?
Dançar.
(Por Filipe Luna e Ramiro Zwetsch)
Ingressos: R$ 40 (inteira), R$ 20 (meia) e R$ 12 (comerciário)
Venda online: 28 de julho, a partir das 18h
Venda nas bilheterias: 29 de julho, a partir das 17h30
Facebook: https://www.facebook.com/events/742604275866095/
Flyer: Pedro Pinhel